domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ansuzgardaraiwô II

Com dias e dias de viagem em seus corpos, a caravana finalmente consegue ver algo capaz de reluzir no escuro agradável das árvores. Uma luz aumenta sua ansiedade. Uma não, várias luzes. Aquilo que parecia ser uma aldeia, em meio à uma grande clareira, lançava seus pontos de luz nos olhos dos viajantes, deixando-os apreensivos, fazendo com que se entreolhassem, antes de seguir andando, descendo para aquela vila. Os corações batendo forte, as almas alegres. Os aldeões que os avistam convidam outros a amontoarem-se para assistir à chegada daqueles desconhecidos que, pelo visto, seriam bem recebidos naquela noite. Não só pelas estrelas, mas pelos seus semelhantes. Homens de virtude e esperança. Os olhos dos viajantes cintilaram enquanto se aproximavam das casas que os aguardavam. Entraram todos juntos na clareira com as provisões os seguindo, e pararam diante daquele que os havia visto primeiro, pois havia se adiantado, mais curioso que os demais. E mais seguro de si mesmo.

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