domingo, 28 de novembro de 2010

Andanças por Devaneios

Vago, e observo. Pois enquanto observo o mundo, me descrubo dentro dele, embora esteja, e seja, mais fora de qualquer mundo, senão o meu próprio, se é que tenho um só para mim, do que jamais fui. E, quanto mais e mais vago, mais alimento minha vontade de saber, minha volúpia de viver. Eu sou o Aço Teutônico que fere, expurga, amaldiçoa e mata. Quanto mais o faço, mais sinto saciada minha embriaguez de vida, meu sono de desfalecência, meu cansaço já enraizado. Vida maldita. Vida querida. Eu sou Cartago que quanto mais teima em resistir e mais se vê vitorioso, mais se perde em meio à sua própria história. Sou o algoz da morte, da ordem, o arauto do caos e da vida. Sou Insano. Sabeis que sou, e por isso não me repudiais. E tu que me procuras sabes que também o é, ou senão o será..

2 comentários:

  1. O primeiro de uma saga autodestrutiva. Esse texto enlaça a série da decomposição que o segue. O átimo que separa o desespero da sobriedade.

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  2. O desespero e a sobriedade... Os dois não podem mesmo viver juntos. A decomposição nunca acaba

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