sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Frenesi Sangrento

As garras rasgam a carne, as presas miram a jugular e a boca é embebida pelo sangue que jorra das fissuras no corpo. O peso das patas rasga a pele enquanto os olhos, arregalados e obcecados observam a vítima pronta para o abate final. A força das mandíbulas sustenta uma evisceração frenética em movimentos famintos das facas que pulam da boca da besta. Sem reação, o alvo começa a ser devorado vivo, enquanto tenta resistir aos golpes na face, que desfiguram o semblante aterrorizado. As pernas estremecidas não são capazes de reação, e a alma se recusa a deixar o corpo. Nos jardins da manhã, não se espera o prenúncio da morte.

MORTE!! MORTE!! MORTE!!

Os tentáculos da fome não conhecem barreiras , a vontade não permite que parem! Não há escolhas nem alvos, só há vontade de assassinar! Bem-nascidos, mal-nascidos, velhos, jovens, recém-nascidos! Todos aqueles que se encontrarem com a fera terão o mesmo destino! Suas almas, pregadas aos corpos, sofrerão até o último momento, até o fim da devora! A fome de carne e a sede de sangue queimam, como queimam!

Não olhe para os lados, a morte está procurando...

Sacie a fome de matança!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Possuído pelo meu eu ressuscitado do Inferno

Houve um tempo de paz... Sim, ele existiu... E, nesse tempo, pensei que a presença dos anjos pudesse ser uma agradável comunicação, uma ajuda aos desavisados e desamparados... Em meio aos demônios eu os conheci, os reconheci e os amei enquanto salvadores de nossa reles discórdia.

Mas, como tudo nessa existência, este episódio também chegou ao seu fim. O conflito entre extremos sempre foi claro, mas a vontade de permanecer assim nos era forte demais para dizer algo. Anjos na escuridão, merecíamos todos uma chance. Mas não, não é assim que a vida e a morte funcionam...

Quando o tempo se fez necessário para o teste final, os anjos mostraram estar de passagem, e se foram para os céus, passando pela névoa obscura com suas asas ainda funcionais, a qual ainda não podíamos vencer...

''Mas os demônios não me abandonam... Me perseguem, me querem, me condenam... E eu quero que os demônios dominem-me e dominem o mundo... Quero ser a representação dos mesmos, se a luz deixar de ser acessível aos meus olhos...''

Agora, esta é a minha maior vontade...