sábado, 26 de maio de 2012

Enter the Moonlight Gate

Tenho sofrido em silêncio. Por anos a fio, meu corpo tem sido um parasita de minha alma. O anjo dos desejos perdeu incontáveis batalhas contra a agitação da presente existência, e o ódio soube se concentrar nos túmulos mais ocultos da alma devaneante.

Com serenidade, o caminhar se apresenta sob a luz azul do céu noturno. Meus caminhos, de horizontes infinitos, levam-me à lugar nenhum. As nuvens, com suas linhas turvas, refletem em si mesmas a luz da lua, que brilha como Sirius, observando a peste que se arrasta pelo solo, conduzindo minha imagem. É neste templo maldito que consigo chegar às colunas do anoitecer taciturno, que me apresentam o castelo da tormenta, a morte da prisão, o caminho para a ascensão da alma...

Com o andar de alguém que encontra seu destino... Eu atravesso os portões da luz da lua...

2 comentários:

  1. Nesses momentos sinto-a por baixo de minhas narinas, como quando aspiramos um vento gélido de inverno que entra nos pulmões como uma onda arrasadora

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