Nascemos para morrer. Por toda nossa vida, nos preparamos para esse momento inóspito de solidão e de transcendentalismo. Conforme a vida progride, a morte anda lado-a-lado com ela, apontando o caminho com sua foice, esperando o momento em que tropeçaremos, para cairmos sobre sua lâmina.
Aos poucos eu fui morrendo, e morrendo... Lentamente deixando o corpo... Deixando a mente... Encontrando as Trevas, e então a luz que vem depois das Trevas, e então as Trevas que vêm depois da luz, pois é no Escuro que a mente realmente se abre.
Eu bebi do cálice dourado de sangue. Eu caminhei pelo vale imundo da morte. Eu encontrei a insanidade, o fogo, o ar. Eu encontrei um mundo ensandecido, coberto de falsas vidas, com falsos sentimentos. Sentimentos e pensamentos. O manto negro me envolvendo, e eu descobrindo a pedra da loucura, que é sempre-pulsante como só ela pode ser. A realidade se esvaiu diante de mim.
Eu morri. E agora que estou bem morto, vou começar a viver.
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