sexta-feira, 10 de maio de 2024

Jogo de Palavras

Conceitos me são caros. Sempre gostei de entender os significados das coisas. Por que? Por qual razão? Por qual motivo? Qual o significado? Onde está o sentido?

Racionalizar, analisar, entrelaçar, relacionar, enteiar: alguns de meus passatempos favoritos. Para mim, ligar coisas através de seus sentidos é algo que me é natural pois é algo que provoca uma condição exploratória: uma abertura de novas portas, que talvez nem existissem. A descoberta do novo, ou do escondido.

E é daí que vem o jogo de palavras. Para jogar, é necessário entender as regras. Os significados (absolutos e definidos ou prováveis) de cada peça. E é aí que entendemos que as jogadas são infinitas. É aqui que eu jogo e brinco com elas. No meu domínio, o sentido me cabe. Porém, quando entrar nele, sinta-se livre para aproveitar os frutos das árvores que mais lhe aprazerem. Traga suas próprias peças e as una às minhas, as compare, as aproveite e as jogue contra as que aqui lanço. Lutemos neste campo de batalha onde todos que jogam saem ganhando.

Redação, dissertação, análise, tese, antítese, síntese, poema, prosa, narrativa, fato, estilo, cadência, tratado, manifesto, e todas as outras infinitudes de possibilidades. Tanto faz. Exercitemos nossa capacidade de distribuir conceitos e seus sentidos. Se todo problema é um problema linguístico, comecemos com as perguntas mas introduzamos as respostas enquanto aquelas ainda estão sendo feitas. Não deixemos para o casa das letras a soberania sobre elas. As portas nunca estiveram fechadas pois somos feitos de significados. O mundo só o é enquanto o avaliamos. Todo julgamento é construtor, mesmo que for construtor de destruição.

O faça não por inspiração, mas sim por necessidade de alimentar a chama do questionamento infinito. Do exercício interminável da abstração.

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