O frio é a estação da aproximação. Ao contrário do que muitos dizem, é no frio que desejamos ter alguém por perto. É no frio que queremos alguém para compartilhar o calor e pra darmos gosto aos calafrios e fim ao frio constante. É no frio que o outro se torna uma presença física que literalmente troca sua energia conosco.
É no frio que a aproximação mais vem a mente e mais faz falta.
Mas, felizmente no meu caso, neste frio de agora, essa aproximação é mais vontade do novo que saudade do antigo e assim dói menos e objetiva mais. Não tem nascimento no desprezo ou na revolta mas sim na volúpia e na especulação e imaginação futuras.
O frio é a estação do calor, mesmo que este se dê através do frio compartilhado. O frio é a subtração multiplicada, onde menos com menos é mais.
O pêndulo das emoções se move para frente e para trás e a cadeia de pensamentos abre suas celas para que as reflexões se esquentem no banho de Sol.
Se não compartilho do meu frio caloroso, me esquento com as ideias que sustento na minha Ideia de futuro. Escrever é meu prazer insolícito, insolente e sem estribeiras. É onde eu sou eu e onde deixo parte de mim. Onde me multiplico e me torno mais.
É no frio que esquento minha História.
Nenhum comentário:
Postar um comentário