Sono desnecessário. Morrer na praia.
A vida é um misto de sacrifícios e recompensas. Muitos desses sacrifícios vem de forma espontânea, ou até mesmo deliberada, como um masoquismo caminhante que leva a um objetivo pleno na construção do todo, se tornando assim o sacrifício também um objetivo.
Porém, como água na brasa que ainda espera se tornar uma nova chama, temos o sacrifício que nada encontra. O mártir esquecido assim que o som da tampa do caixão deixa de ecoar. Chegar na praia pra ser espetado pela lança dos tempos. O erro das fúrias e da matemática.
A imprevisibilidade do que é humano.
Se sacrificar para morrer na praia, sentir-se alvejado sem propósito, sacrificar algo sem necessidade, se preocupar onde não existiu perigo, isso tudo é estranho para a mente humana.
E como tal, quebra a rotina e confunde o próximo passo.
É isso.
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