É sempre tão difícil. Por mais que eu conheça a teoria, as ideias, as palavras, a ciência, as variáveis e até os personagens, é sempre tão difícil. Às vezes não parece, mas parece que quase sempre é. Pelo menos quando falamos de forma individual e extensa.
O passado é estranho. Refletindo, agora, parece-me que nem sempre foi. Ou nem com todo mundo. Mas há categorias de pessoas com as quais sempre é. Seriam aqueles que mais admiro(ei)? Seriam aquelas mais enigmáticas? Seriam aquelas onde sinto que tenho mais a perder em forma de potencial (essa ideia que ainda se agarra como um parasita)?
Às vezes penso que isto é algo exclusivo, mas talvez não seja. Porém, não é tão comum porque é algo sempre percebido. Vai saber. Hiperanálise sempre nos decepciona e martiriza, nesses momentos.
Vergonha acumulada às vezes se transforma em compaixão pelo diferente, pelo doente, pelo transtornado. Mas não será isto um mero mecanismo de defesa? Uma forma de procurar um culpado externo? Uma parte da eterna fuga da responsabilidade? Não seria isto mais um sintoma do próprio problema? Se sim, está aí o próprio Ouroboros.
De qualquer forma, é tão difícil de lidar. Sempre foi e às vezes parece que sempre será. Medo, falta de identificação. Expectativas boas e ruins. Paralisia.
Ah, se eu soubesse. Mas é aí que mora a graça de vida. Quase nunca se sabe.
E se, sabendo, quase sempre surge um arrependimento questionável, por que não tentar sem saber?
Sei lá. É tão difícil.
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